Interpretação de texto
Leia o texto e responda às questões com atenção, marcando as alternativas corretas.
O ANIVERSÁRIO DE PEDRO MALASARTES
Pedro Malasartes é uma figura que não perde a mania de pregar peças nas pessoas. Da última vez, a vítima foi seu primo rico. A história aconteceu, mais ou menos, assim…
Malasartes estava fazendo aniversário e não tinha nada em casa para oferecer aos convidados. Resolveu ir à casa de seu primo sondar se ele poderia contribuir com algo para a festa, mesmo achando que receberia um sonoro ‘não’ como resposta. Afinal, embora rico, o tal primo era muito pão-duro.
–Ô, de casa! – gritou Malasartes, batendo palmas na frente do portão.
O primo veio de lá já bem desconfiado, porque o que um tinha de pão-duro o outro tinha de enrolão! De qualquer forma, foi bastante educado. Sabia que era dia do aniversário de Malasartes. Mandou que ele entrasse e começou a lhe oferecer o que tinha na despensa: toucinho, broa de milhos, curau, pipoca… Mas Malasartes disse não a tudo, queria apenas um cafezinho.
Conversa ia, conversa vinha, o primo de novo oferecia a Malasartes alguma coisa gostosa, típica da fazenda:
–‘Ó’, primo, eu não tenho muito, mas tenho aqui essa peça de carne que dá para fazer um bom churrasco. Tenho também refrigerantes.
Malasartes olhava para a comida, fazia uma cara bem esnobe e dizia que se contentava com o cafezinho que estava tomando.
O primo já estava até achando que não havia nada demais com a visita inesperada. Talvez Malasartes não fosse mais enrolão como antes. E os dois se divertiram, lembrando fatos da infância, de como brincavam e como adoravam as festas de São João na roça.
Malasartes recordou uma festa que ele tinha feito na casa do primo, aquela mesma casa que ele ainda morava:
–Lembra, primo? A gente puxou aquela mesa para o canto da parede, assim… E, entusiasmados, empurraram a mesa da sala para o canto, deixando espaço para um bom baile. O primo aproveitou e pegou sanfona empoeirada que estava pendurada na parede. Começou a tocar. Os dois dançavam, cantavam e riam alto quando foram interrompidos por um burburinho na frente da casa. O povo gritava lá fora no portão:
– Malasartes! Ô,Malasartes!
O primo foi até a porta, arregalou os olhos e disse:
– Que tanta gente é essa aí, Malasartes?
E ele respondeu:
– São meus convidados, primo! Como é o meu aniversário e não tinha nada na despensa, chamei o pessoal para comemorar aqui.
O primo de Malasartes ficou apavorado, porque era muito pão duro e não queria gastar com ninguém. Revoltado, falou:
– Mas eu não tenho nada para oferecer aos seus amigos.
E Malasartes retrucou:
– Tem sim! Sabe aquele toucinho, broa de milho, curau, pipoca, peça de carne e refrigerante? Dá bem para nós, ‘ué’!
Imaginou a cara do primo? Pois foi assim que Malasartes teve a sua festança.
*Pedro Malasartes é um personagem da cultura popular cujas histórias são contadas por muitos autores há séculos. Em todas, ele é um moleque muito levado e esperto, que sempre prega peças nas pessoas. Este conto foi livremente adaptado pela Revista Ciência Hoje das Crianças. Fonte: Recanto das letras. Matéria publicada em 01.07.2019
Malasartes estava fazendo aniversário e não tinha nada em casa para oferecer aos convidados. Resolveu ir à casa de seu primo sondar se ele poderia contribuir com algo para a festa, mesmo achando que receberia um sonoro ‘não’ como resposta. Afinal, embora rico, o tal primo era muito pão-duro.
–Ô, de casa! – gritou Malasartes, batendo palmas na frente do portão.
O primo veio de lá já bem desconfiado, porque o que um tinha de pão-duro o outro tinha de enrolão! De qualquer forma, foi bastante educado. Sabia que era dia do aniversário de Malasartes. Mandou que ele entrasse e começou a lhe oferecer o que tinha na despensa: toucinho, broa de milhos, curau, pipoca… Mas Malasartes disse não a tudo, queria apenas um cafezinho.
Conversa ia, conversa vinha, o primo de novo oferecia a Malasartes alguma coisa gostosa, típica da fazenda:
–‘Ó’, primo, eu não tenho muito, mas tenho aqui essa peça de carne que dá para fazer um bom churrasco. Tenho também refrigerantes.
Malasartes olhava para a comida, fazia uma cara bem esnobe e dizia que se contentava com o cafezinho que estava tomando.
O primo já estava até achando que não havia nada demais com a visita inesperada. Talvez Malasartes não fosse mais enrolão como antes. E os dois se divertiram, lembrando fatos da infância, de como brincavam e como adoravam as festas de São João na roça.
Malasartes recordou uma festa que ele tinha feito na casa do primo, aquela mesma casa que ele ainda morava:
–Lembra, primo? A gente puxou aquela mesa para o canto da parede, assim… E, entusiasmados, empurraram a mesa da sala para o canto, deixando espaço para um bom baile. O primo aproveitou e pegou sanfona empoeirada que estava pendurada na parede. Começou a tocar. Os dois dançavam, cantavam e riam alto quando foram interrompidos por um burburinho na frente da casa. O povo gritava lá fora no portão:
– Malasartes! Ô,Malasartes!
O primo foi até a porta, arregalou os olhos e disse:
– Que tanta gente é essa aí, Malasartes?
E ele respondeu:
– São meus convidados, primo! Como é o meu aniversário e não tinha nada na despensa, chamei o pessoal para comemorar aqui.
O primo de Malasartes ficou apavorado, porque era muito pão duro e não queria gastar com ninguém. Revoltado, falou:
– Mas eu não tenho nada para oferecer aos seus amigos.
E Malasartes retrucou:
– Tem sim! Sabe aquele toucinho, broa de milho, curau, pipoca, peça de carne e refrigerante? Dá bem para nós, ‘ué’!
Imaginou a cara do primo? Pois foi assim que Malasartes teve a sua festança.
*Pedro Malasartes é um personagem da cultura popular cujas histórias são contadas por muitos autores há séculos. Em todas, ele é um moleque muito levado e esperto, que sempre prega peças nas pessoas. Este conto foi livremente adaptado pela Revista Ciência Hoje das Crianças. Fonte: Recanto das letras. Matéria publicada em 01.07.2019
NA PROXIMA VEZ FASSA TEXTOS PEQUENOS
ResponderExcluirFOLGADO VOCÊ, NÃO?!
ExcluirMiqueias Andrade Teixeira
ResponderExcluirPronto
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